Para começar, é bom deixar claro que a tecnologia de VOIP (voz sobre IP), telefonia IP e PABX IP são bem antigos. Muitos fabricantes tiveram que adaptar os seus produtos e as suas soluções ou até mesmo começar do zero, pois as soluções antigas não tinham sido criadas para esse novo momento, onde a nuvem é estratégia de qualquer negócio. Vamos nos basear em alguns fatores que deixaram a tecnologia de VOIP como uma das prioridades na lista de decisões que um Gerente de TI tem que tomar:
- Mundo baseado em nuvem;
- Simbiose do ambiente de dados com o ambiente de voz convencional;
- Pandemia;
- Trabalho remoto;
- Mobilidade;
- Renovação da tecnologia de voz;
- Transformar conta de telefone em assinatura ilimitada;
- Fibra ótica residencial com a qualidade de link dedicado.
Vários são os desafios de um Gerente de TI para decidir qual o modelo de tecnologia de PABX na nuvem. É comum encontrarmos nos clientes que visitamos, dois mundos bem apartados.
Estrutura de rede e dados
- Infraestrutura de rede
- Links de dados
- Segurança
- Suprimentos
- Sistemas
- Desenvolvimento e suporte
Estrutura de PABX e de voz
- Links de voz
- PABX convencional
- Empresa terceirizada para manutenção do PABX físico local
A luta do Gerente de TI com essa situação acima é bem antiga. Grande parte das empresas entendiam que um PABX físico local, que já era um ativo quitado, não era prioridade entre as inúmeras necessidades apresentadas pelo departamento de tecnologia.
Com a pandemia, o que não era prioridade passou a ser o assunto principal das decisões de tecnologia, e quem já esteve na pele de decidir TI, sabe bem que planejamento é para os fracos. As coisas chegam na mesa de uma hora para a outra, com prazo curtíssimo para decisão/migração e sem margem de erro.
O objetivo desse artigo é ajudar os Gerentes de TI a não esquecerem de pontos que entendemos serem cruciais e que muitas vezes passam desapercebidos na tomada de decisão de um PABX na nuvem.
As 10 questões mais importantes para um Gerente de TI ter a segurança de partir para a tecnologia de PABX na nuvem e não errar na decisão.
- Na internet existem muitas ofertas de fornecedores de serviço, pois a barreira de entrada para essa tecnologia consolidada há muito tempo é muito pequena. É preciso pesquisar bastante, entender o objetivo do projeto e qual a infraestrutura que o fornecedor possui.
- A tecnologia de nuvem é baseada no conceito de descentralização e de multi-inquilino. Não deixe de perguntar para o novo fornecedor onde estão os datacenters que respondem pelo serviço, quais são os IPs dessas localidades e qual a tecnologia que utiliza para a prestação do serviço de PABX na nuvem. Teste, não fique apenas nas perguntas.
- Tenha em mente se o seu projeto será híbrido (telefones IPs + aplicativos para smartphone + acesso por web) ou apenas baseados em telefones IPs.
- Esclareça bem com o fornecedor qual a marca e modelos dos telefones IPs, a tecnologia empregada nos aplicativos e no acesso web (WebRTC).
- Pergunte se os telefones IPs serão configurados manualmente (aparelho por aparelho) e caso sejam provisionados, peça a lista de URLs e IPs que esses aparelhos respondem. Dessa forma, você saberá exatamente quantos núcleos de backup o fornecedor tem. Faça o teste para saber o tempo que o telefone IP leva para registrar no núcleo secundário quando o primário estiver fora do ar.
- Defina nas reuniões iniciais se a sua rede será Fast Ethernet, Gigabit e se você já tem infraestrutura PoE. O projeto muda bastante de acordo com o telefone IP empregado. Muitas vezes o profissional de vendas desconhece ou deixa passar essas questões.
- Você está contratando apenas tecnologia de PABX na nuvem ou um fornecedor que também será a sua operadora de telefonia? Se optou apenas por plataforma de PABX na nuvem, saiba que vai se deparar na prática com situações de atendimento e qualidade de serviço onde um fornecedor vai empurrar o problema para o outro. Caso contrate um prestador de serviços que vai te entregar as duas soluções (PABX na nuvem + Operadora de Telefonia), veja a questão abaixo.
- Comercializar telefonia, fazer portabilidade e vender números telefônicos no Brasil necessita de autorização do órgão regulador (Anatel). Não se iluda com argumentos comerciais, a licença para esse tipo de serviço é a STFC (Serviço de Telefonia Fixa Comutada), qualquer outra licença apresentada não permite a exploração do serviço em questão. Entre no site da agência www.anatel.gov.br e pesquise exatamente se o CNPJ que consta no contrato de serviços apresentado possui autorização expedida pela entidade.
- Se tiver firewall na sua empresa, antecipe-se e peça exatamente as portas que serão utilizadas para o provimento do serviço.
- Caso tenha linhas telefônicas para portar, cheque o termo que assinará para portabilidade. Nunca ceda as suas linhas, porte as suas linhas, leia bem o termo. Pergunte se em todas as ligações que efetuar o seu número portado vai aparecer para quem ligou e se garantem isso em contrato. Lembre-se, ninguém atende telefone desconhecido e o seu número de telefone é a sua identificação única na rede mundial de telefonia, não renuncie a isso.
Caso você seja Gerente de TI e tenha mais dúvidas que esse artigo possa não ter abordado, entre em contato conosco, teremos o maior prazer em esclarecer.
Um abraço,
Somos IUNGO.